sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Pingue-Pongue e literatura argentina

Eu tinha 12 anos em 1982 e completava, com dedicação, na rua Jaguarão, da Mathias Velho, o álbum de figurinhas do Pingue-Pongue sobre a Copa da Espanha. Só o que me salvava da melancolia dos programas de domingo era o cheiro do chiclete grudado atrás do cabeludo Kempis ou do Zico. Também foi naquele ano que aprendi que o símbolo da seleção brasileira era um papagaio tocando um instrumento que eu nunca vira antes: um pandeiro. E que o que representava a Argentina vestia-se igual a meu vô Guilherme, de bombacha e chapéu nos campos de Santa Maria. Não sei se vem daí minha relação, afetiva, com a literatura do Prata. Constantemente renovada.

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