terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Em minha pele pelas calçadas da Asa Norte

Enganei-me imitando e criei A Vaca Azul é Ninja, essa, essa mesma, que doloridamente se cravava em meu braço, perto do ombro, pra sempre, ou até que este corpo exista antes de voltar para a terra, de onde veio, de se enfiar mole num buraco da Terra, como um verme da Terra a girar no corpo dela pelo espaço, tal como no lindo poema do Wordsworth (que no original talvez tenha outra força)...

Eu queria ser Rimbaud e escrevi a vaca, ria, olhando para sua cara maravilhosa já uma realidade no meu corpo. Eu, o autor, emprestando um pedaço de meu corpo para que a vaca passasse a ter, também ela, um. Da costela de Adão, ou coisa parecida, a costela gorda da vaca ganhando concreção... Sairia do livro, o desenho da Chica, da Francisca Braga, que toca guitarra na Danm Laser Vampires, para as ruas de Brasília etc...

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